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A Torre de Expectativas: Quando o Castelo que Você Construiu Te Aprisiona

Atualizado: 19 de jun.

Descubra como a Torre de Expectativas prende você longe do seu próprio chão e aprenda a descer para reconectar-se com seu poder feminino e autoconhecimento. Você perceberá como livrar-se do medo de julgamento ao silenciar as vozes que não são suas.

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Você já se pegou olhando para o horizonte e sentindo um frio no peito, como se tivesse escalado tanto na vida a custo das expectativas alheias que nem soubesse mais para onde descer? Imagine uma torre de cartas erguida com rostos—família, chefe, amigos—colocada um em cima do outro. Quanto mais alto você sobe, mais frágil e distante do seu próprio chão você fica.

“Quanto mais alto você sobe, mais longe fica do seu próprio chão.”

Essa é a essência da metáfora da Torre de Expectativas: um castelo alto demais, erguido para agradar, que agora se tornou sua prisão. Cada carta é uma demanda — “Seja a filha exemplar”, “Seja a profissional perfeita”, “Não mostre suas lágrimas”. E, no topo, você suspira: por que tudo aqui parece tão vazio?

O simbolismo emocional oculto na Torre de Expectativas revela uma necessidade de cura da sua alma… que pode ser resumida em: como vencer o medo do julgamento.



Por que Construímos Torres de Expectativas?

  1. Lealdade Invisível Desde pequenas, somos ensinadas a honrar a mãe, a avó, a bisavó e todos os menbros mais velhos família. Um legado de servidão cega que continua sendo pago com o preço da nossa voz e com o silêncio do nosso desejo. Por exemplo: uma mulher que profissionalmente foi mais longe que suas ancestrais, mas que no campo emocional continua presa a uma vida de muito sofrimento psíquico e traumas, como quem estivesse a repetir um “destino” de família.

  2. Medo do Julgamento A cada promessa de “ser forte” e “não fraquejar”, o castelo cresce. Crescem também as batidas aceleradas no coração ao imaginar o que vão pensar se você revelar sua verdade. Imagine ao longo dos anos toda vez que você deixou o medo do julgamento vencer, e que isso foi ativando um campo de estresse no seu corpo. Percebe o quanto você pode ter boicotado a sua chama sagrada de vida? O julgamento na vida social humana sempre houve, mas ao menos ele já foi mais leve, tinha uma hora que nos afastavamos do efeito direto do julgamento em nós… mas agora, com o mundo da “rede social”, ou seja câmera na mão e conexão acessível, imagine o quanto maior é a incômoda sensação psíquica de que estamos sendo vigiados e julgados a todo e qualquer instante.

  3. Síndrome da Mulher Perfeita Você almeja “ser boa” em tudo: no trabalho, no lar, nos relacionamentos. A torre da boa moça se ergue, mas a base treme. Percebe quantas cobranças, que já são grandes cada uma por si só, nós mulheres acabamos por internalizar? Não somos obrigadas a ser nota 10 em tudo, e em todas as fases da vida. Nenhum ser humano é obrigado a isso, e nem é saudável e sustentável uma vida como essa. Sua imperfeição é sinal de uma coisa: humanidade! E se você é uma das que insiste na ideia de que “ser uma mulher independente é a solução porque não depende de homem nenhum/ninguém”, vai com calma… uma coisa é cuidar bem de você mesma, conquistar autonomia pessoal, outra coisa é se isolar num orgulho de excelência pessoal que não perdoa os próprios defeitos e nem os dos outros. Muita autocrítica cobrando-se perfeição resulta em rigidez, e esse definitivamente não é um estado de presença do poder feminino.  

  4. Autoimagem Distorcida O reflexo no espelho mira uma estrangeira que não reconhece. Lá embaixo, sua essência clama por liberdade. Infelizmente o comportamento normal de nos olhar no espelho está cada dia mais contaminado pelo sentimento de comparação. São tantas imagens e informações a que temos acesso todos os dias, num loop quase infinito, que esse hábito acaba por nos anestesiar até das sensações do corpo orgânico e vivo que somos. 



Os Riscos de Permanecer no Topo

  • Desconexão Corporal Quanto mais distante do chão, menos você ouve seu corpo — as cólicas que falam de memória ancestral sofrida, o cansaço que implora por autocuidado. Um burnout, ou até uma crise nervosa…

  • Isolamento Emocional A torre de cartas balança a cada vento de crítica. Você se fecha, com medo de soltar as rédeas e cair. Quanto mais a vida te desafia, mais você se esconde das oportunidades de crescimento.

  • Bloqueio Criativo Quando seu valor depende do olhar alheio, a inspiração seca e você esquece o idioma dos seus próprios desejos.



“A cada carta que você desmonta, um novo portal se abre para a mulher que você nasceu para ser.”


A imagem da Torre de Cartas com Faces

Para ilustrar essa jornada, observe bem a imagem que está no topo deste post. Agora, deixe-me explicar como sua energia psíquica pode estar se perdendo: 

  • Base larga e instável: as cartas com rostos de pais e familiares, elas aparecem representando crenças herdadas, adoecimentos transgeracionais. Os ensinamentos da psicanálise junguiana revelam que uma grande dor emocional, que foi silenciada há gerações, é como um chamado da alma. No caminho para curar a ferida do medo do julgamento, é necessário queimar (num sentido de ressignificar) as relações que que te treinaram para a necessidade de validação. Não estou aqui tirando a importância da sabedoria e força dos nossos ancestrais, mas lembrando que você pode adicionar a sua beleza e sucesso nos capítulos da família ao se permitir. Essa base profunda na sua psiquê de opiniões e conselhos familiares, que com certeza, foram realmente úteis para essas pessoas, mas que para você que vive em outro momento da história da humanidade não parecem funcionar.

  • Meio torto e curvado: cartas com rostos de chefe e colegas, simbolizando pressão profissional. Aqui não se resume os rostos do mundo do trabalho, aparecem também colegas de faculdade ou até de colégio, pois esses todos são cenários comuns onde o espiríto da competição e/ou comparação ficam mais em evidência e são estimulados. O meio da pirâmide já mostra mais uma fase, mais uma camada de expectativas, que internamente no seu mundo emocional se refletem como autocobrança. Percebe como as vozes ao longo da sua história podem ter grande peso na sua saúde mental? Nessa fase entra o elemento da realização profissional, que para muitas pessoas nutre, ou é quase sinônimo de realização pessoal. A torre aqui já soma peso de dor na sua estrutura psíquica de: pressão vinda da família + pressão vinda dos colegas e do mundo + pressão do mercado de trabalho.

  • Topo imprevisível: cartas sem rosto, vazias — as expectativas que nem você mesma lembra de onde vieram. Esse enorme peso de expectativas conscientes e inconscientes funcionam como uma repetição de prisões emocionais, um mecanismo ansioso similar a paranoia. De tão profundo e repetitivo, ao longo de anos de vida, essas vozes não precisam nem mais se apresentar para o Eu. É como se essas vozes críticas já funcionassem no automático do seu pensamento. Assim essas vozes “fantasmas” (das expectativas que te rondam) acabam inclusive por confundir a sua consciência. Pois ao mantê-la presa no sistema de validação emocional, com base na expectativa dos outros, você está cada vez mais longe do solo abundante de amor próprio e poder feminino que você já é.       



Como Descer da Torre e Reencontrar Seu Chão

1. Reconheça as Cartas que Não São Suas (quais são as vozes que ecoam na sua cabeça sem ter pedido permissão?) 

2. Respire e Conecte-se ao Corpo (ativando a inteligência emocional através da consciência corporal você assume o poder de direcionar suas intenções ao seu destino)

3. Reescreva seu Pacto Interno (Transforme sua intenção em um novo acordo que te dará a direção certa do que sua alma precisa) 

4. Desmonte a Torre, Carta por Carta (para cada “voz fantasma” de expectativa mapeada, responda com segurança a partir do que firmou no seu pacto interno) 

5. Reconstrua seu Castelo com Pedras de Conexão (planejamento de novos hábitos para ancorar Auto Amor, Limites Sagrados e Comunhão Feminina) 

Construir suas expectativas pessoais de maneira consciente, alinhada com um bom autoconhecimento, é uma forma de apropriar-se do seu poder pessoal. É um ato onde reescrever o seu papel de mulher transforma tudo de dentro para fora, e para muito além do “empoderamento feminino”. 


Através da psicologia e do tantra desenvolvo um trabalho de integração mente e corpo. Onde cada paciente pode descobrir que com o poder do autoconhecimento e da sua própria consciência corporal, está a chave para curar as dores da alma. 

  

Você está pronta para descer da torre e reconstruir seu castelo com as pedras do seu próprio poder? Clique aqui e agende sua sessão de mentoria individual comigo. Vamos juntas ressignificar cada expectativa e erguer um império de autenticidade.



Escrito por Ahlana Ramalho – psicóloga, bailarina e produtora de moda especializada em integrar psicologia e Tantra para elevar o seu poder feminino.


 
 
 

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