O Espelho Que Distorce: como sua autoimagem foi moldada pela dor (e como quebrar esse feitiço)
- Ahlana Ramalho
- 17 de jun.
- 4 min de leitura
Atualizado: 19 de jun.
Você já se olhou no espelho e sentiu que havia algo “errado” com você — mesmo sem saber explicar exatamente o quê?

Talvez seja o seu nariz, que você aprendeu a odiar. A barriga, que nunca “ficou como devia”. Ou aquele traço no rosto que você jurou que era “de velha”. Mas... e se eu te dissesse que você não está se vendo com seus próprios olhos?
E se o espelho onde você se olha está distorcido — como aqueles espelhos de feira, que aumentam, encolhem ou deformam sua imagem — e o reflexo que você vê não é seu, mas um mosaico feito de todos os olhares que te feriram?
A origem da distorção: o espelho dos que te machucaram
Desde meninas, nos ensinaram a duvidar do nosso corpo. Fomos medidas, corrigidas, comparadas. Nos moldaram com palavras afiadas:
“Você precisa emagrecer.” “Está com cara de cansada.” “Assim ninguém vai te querer.”
Essas frases viraram códigos secretos que reprogramaram nosso reflexo. Você aprendeu a se enxergar como quem te feriu queria que você se visse: pequena, inadequada, quebrada.
E assim, sua autoimagem se transformou em uma ilusão óptica emocional — um espelho encantado por séculos de opressão silenciosa sufocando o seu Ser.
Espelhos quebrados e pactos invisíveis
Na alquimia feminina que estudo e ensino, o espelho não é só um objeto. Ele é um portal. O que você vê refletido não é apenas seu rosto, mas sua história codificada.
Imagine sua autoimagem como um espelho trincado. Cada rachadura representa uma crença que você absorveu sem perceber:
“Eu sou feia.”
“Eu sou velha.”
“Eu sou demais.”
“Eu sou de menos.”
Essas frases não nasceram em você. Elas foram escritas na sua carne por vozes que você amou, temeu ou tentou agradar.
Você não é “feia”. Está apenas olhando com os olhos de quem te feriu.
Repita isso em voz alta, se puder. Escreva num papel. Cole no espelho do banheiro.
Você não é gorda, feia, velha, inadequada. Você apenas foi treinada para se enxergar com os olhos de quem projetou em você a própria dor.
Mães que nunca se sentiram bonitas. Pais que aprenderam a amar via crítica. Namorados que te diminuíam para se sentirem maiores. Você herdou olhares contaminados — e os internalizou como verdades.
Mas... e se você pudesse devolver cada um desses espelhos?
A reprogramação simbólica da autoimagem
Se palavras foram feitiços que distorceram sua visão, outros feitiços podem curá-la. E aqui vai um dos mais poderosos: o espelho ritual.
🌑 Ritual de Reencantamento da Imagem
Observe sua imagem em silêncio por 3 minutos.
Apenas ouça os pensamentos que surgem enquanto você se observa.
Respire fundo. Se despeça dos olhares que te machucaram. Reivindique para você mesma uma visão sagrada.
Faça isso por 21 dias. E observe. Algo começa a mudar. Um brilho antigo reaparece. Um gesto mais leve. Um sorriso que não pede desculpas.
Esse é o seu reflexo voltando para casa. Você pode fazer esse profundo exercício de cura junto comigo em uma sessão. Ofereço um trabalho de integração corpo e mente, através do yoga e psicologia. Onde trabalharemos com estados meditativos e te ajudarei na escrita personalizando da sua oração para o ritual com o espelho. Ao fim te ofereço a gravação da sua meditação personalizada para que você siga acendendo sua chama sagrada cada vez que repetir o exercício
O arquétipo da mulher refletida: da vítima da imagem à sacerdotisa do espelho
Na jornada simbólica da cura, o espelho é um dos elementos mais poderosos — porque ele revela tanto o que você mostra, quanto o que você esconde.
Ele é o altar da sua autoimagem. O oráculo silencioso da sua autoestima.
Mas cuidado: ele pode ser um instrumento de punição... ou de poder.
A mulher que desperta para isso deixa de ser refém da crítica alheia. Ela se torna uma sacerdotisa da própria visão. Ela escolhe como se enxerga. E isso muda tudo.
Espelho, espelho meu: e se eu não for como mandaram eu ser?
A pergunta que liberta não é “como eu me corrijo?” É: “Quem eu seria se não tivesse aprendido a me odiar?”
Essa é a pergunta que ativa o portal. Que começa a desmontar o espelho do pressões sociais. Que dissolve os feitiços lançados por vozes antigas. É a pergunta que você tem medo de fazer — porque ela pede renascimento.
E todo renascimento exige fogo.
Quebrar o espelho (e reconstruí-lo com ouro)
No Japão, existe uma arte chamada kintsugi, onde vasos quebrados são reparados com pó de ouro. Eles não escondem a cicatriz. Eles a transformam em destaque.
Essa também pode ser sua escolha.
Não apague as marcas do que você viveu. Reescreva-as como símbolos da sua força. Recolha seus cacos. Nomeie suas feridas. Reconstrua sua imagem como um templo.
Porque não há nada de errado com você. O erro está no espelho que te deram.
E agora…
Se esse texto tocou algo profundo em você… Se você percebeu que tem olhado sua imagem com os olhos de quem te feriu… Se sentiu vontade de queimar o espelho e reconstruir um novo com suas próprias mãos…
Então chegou o momento de atravessar o portal.
✨ Clique aqui e venha para o Rito de Reencantamento da Imagem Um encontro onde vamos quebrar os espelhos — e reconstruir a sua visão com ouro, fogo e verdade.
Porque você não nasceu para caber em reflexos distorcidos. Você nasceu para ser vista com olhos sagrados. Os seus. 👉 Clique aqui para agendar sua sessão
Escrito por Ahlana Ramalho – psicóloga, bailarina e produtora de moda especializada em integrar psicologia e Tantra para elevar o seu poder feminino.
Comentários